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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O último poema {..} - Parte 1.

      O crá! crá! crá! de uma gralha idiota me acordou. Sim, eu já teria um dia de mal humor só por ter me acordado sem ser "por minha própria vontade." Mais confesso que teria que agradecer a essa gralha mais tarde talvez. Não devia ter dormindo na casa de Nathan, pra começar. Ele é tecnicamente meu quase ex-namorado. Quero que ele esqueça de mim, a parti de hoje.

     Levantei-me da cama na ponta dos pés, vesti meu vestido e em seguida, causei minhas botas pretas de salto stiletto, peguei um papel e escrevi no mesmo: Sentirei saudades. -  Savannah Catellíx. Peguei uma fita adesiva que estava em uma das gavetas da mesinha que se encontrava ao lado da cama e colei o papel na testa dele. - Uma hora ele terá que olhar para sua própia testa. - Pensei. Sorri involuntariamente e sai do apartamento. Sentirei saudades daquela gostosura toda mais enfim, tudo que é bom um dia acaba.  Próxima parada: Paris!
     Já do aeroporto, liguei para minha casa pedindo para que mandassem minhas malas para o aeroporto com urgência. Minha voz dele ter soado de muita ordem, pois quando cheguei no aeroporto, um dos contratados de minha mãe já estava lá com tecnicamente todo meu guarda-roupa. Cinco malas grandes e duas pequenas. É, não tenho tantas roupas assim, para o que se espera de uma menina com pais ricos, que morava recentemente em NY. Eu sei que voltar para Paris não iria ser nada bom, comparado que sai de lá para esquecer um erro do passado que nem foi eu que cometi... Tecnicamente.
     Horas depois...
     É, eu estava babando no travesseiro do avião quando ouvi uma doce voz dizendo: - Apertem os cintos, estamos aterrissando.
     - Ah, qual é? Logo agora que eu tava sonhando? - Resmunguei baixo, apertando os cintos.
      Minutos depois estava pisando em terra firme, quase beijando o chão. Sim, eu odeio aviões pelo quando nível de altitude. Chamei um taxi e pedi para que me ajudasse com as malas e parei no primeiro hotel cinto estrelas que vi, escolhi o melhor quarto é claro. Não que eu goste de luxo, mais sim porque eu estou com raiva de minha mãe, que me obrigou a aceitar a vaga da academia de arte na qual estudava antes de ter a ideia "repentina" de me mudar para NY, e eles (Mamãe e Papai), é claro que foram como cachorrinhos atrás de mim. Para não me deixar cometer alguma besteira;  bobagem!
     - Deixe minhas malas aí no canto. - Falei, e o homem jovem, de estatura mediana, moreno, olhos negros como a noite, que me acompanhara até o quarto com minhas malas, assim fez. Sorri para ele e peguei uns cinto dólares que estavam no meu bolço da frente, dando em sua mão. - Obrigada moço.

      E assim ele foi embora.
     
      Desfazendo minhas malas, lembrei que tinha que ligar para alguém, para me ajudar, a me enturmar novamente. Afinal, faz quase três anos e meio que eu sai de paris e se eu esqueci de todo mundo, todo mundo deve ter esquecido de mim também.

     - Paris... Paris... Paris... Eu devo ter alguém daqui nessa agenda. - Sussurrei comigo mesma, procurando na agenda do meu celular. - Oh, claro... Como eu não pensei na Alice? É perfeita.

     E como pensei, Alice atendeu meu telefonema no primeiro toque.

     - Savannah Catellíx, quanto tempo. - Ela disse, super animada.
     - Fernanda Alice, que saudades, querida. - Tá, eu menti um pouco. Não estava com saudades, mais ela fazia uma certa falta. Comparado que ela era minha melhor amiga.
     - Vai pra academia de artes esse ano?
     - Oh, sim. E você?
     - Também. - Quase mude ver o sorriso dela de animação ao ouvir sua voz. - Onde esta hospedada?
     - Estou em Louvre, Châtelet. Quer vim aqui?
     - Claro. Aí daí vamos direto para a academia.
     - Oh, então por que não nos encontramos na frente da Academia?
     - Ainda sabe ir pra lá? - Ela perguntou desconfiada.
     - Eu me viro. Tchau Alice, nos vemos lá.

     Desliguei, fui para o banheiro correndo, tomando um banho não tão longo com aquela água gostosa e quente. Saindo do banheiro, sequei os cabelos quase andando, vesti uma calça jens básica e uma blusa regata tão básica quanto. Causei um Salto preto e fiz uma maquiagem básica. Sim, eu estou muito básica hoje. Liguei para a recepção, para me pedirem um taxi, Sai do quarto, trancando-o, peguei o elevador e olhando para o espelho do mesmo, pude perceber que pareço doente. Minhas feições estão afetadas. Meus olhos estão tristes e meus cabelos negros e grandes estão um tanto mortos hoje. É possível isso? Cabelo ficar um tanto morto? Tanto faz. Força Savannah! Você sabia que vim para cá a abalaria. Tudo vai melhorar. Falei a mim mesma. Tentar se convencer de que alguma coisa vai melhorar é foda. Só posso esta a perigo. Preciso de distração, ou pirarei. Preciso respirar. Suspirei fundo quando o elevador se abriu, sai de lá correndo e lá na frente da recepção do hotel havia um moço, com uma roupa vermelha completamente amedrontadora.
     - Posso mostra-lhe o taxi, senhorita?
     - Eu ainda sei ver um taxi amarelo na frente do hotel. Sei o que é um taxi, não precisa. - Falei indiferente. Avistei o taxi e antes de trancar a porta disse: - Me deixe na academia de Artes, por favor, rápido.

     Em segundos estava na frente da academia de artes, ao olhar para ela, suspirei. Der repente memórias tão chatas começaram a chegar em minha mente. Não me lembrava de muita coisa "daquela noite", lembrava mau de uma grande batida. Estremeci ao ouvir a voz grave do taxista: - Deu 45,00 dólares.
      - Ah, claro, um momento. - Peguei 50 dólares de um dos meus bolsos e disse: - Pode ficar com o troco.
      Sai do carro, e subindo as escadas já pude ver Alice acenando pra mim, com um belo de um sorriso no rosto. Me fazendo sorrir também. Fui quase esmagada com o grande abraço dela.
      - Ah, Alice, pequena! - Disse, criando lágrimas nos olhos.
      - Savannah, minha morena, você tá linda! - Eu sorri, olhei bem para Alice. Oh, ela estava linda, aqueles lindos cabelos loiros e candolados até o ombro, os olhos azuis claros dela e suas lindas bochechas rosadas que encantavam qualquer um.
     - Eu que estou linda? Você está que nem uma princesa daqueles castelos que falávamos eramos ainda muito pequenas.
     A essa altura já estávamos andando pelos corredores da Academia de arte, ou como chamo as vezes "escola", bem, eu não sei por onde estávamos passando direito, só me surpreendi a ouvir a voz dele.
     - Oi Alice. - Sua voz parecia alegre.
       Alice sorrio, e com um doce sorriso ela respondeu: - Oi Justin!
     
      Não sei se foi aí que ele notou minha presença, mais sei que a voz dele mudou ao falar meu nome.
      - Oi Savannah.
      Pareceu tão seca sua voz, queria sumir, e tentei fazer de tudo para que minha voz não saisse como um sussurro quando o comprimente: - Oi Justin.

CONTINUA!


comentem se acharem que eu mereço. ><

2 comentários:

  1. Esta muito bom, mas o que que tem no passado dela? e o que ela fez para o Justin? beijoos e continua!

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  2. Nossa tantos segredos!(Leitora nova)
    Adorei!
    Continua!!

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